quarta-feira, 30 de março de 2011

CONCORDO PLENAMENTE COM O PONTO DE VISTA DO LIDER DO PSD

Passos Coelho diz que défice para 2011 poderá superar os 5%


30 Março 2011  08:28

Artigo de Diogo Cavaleiro

O líder do PSD escreveu um artigo ao "The Wall Street Journal" intitulado "O Nosso Plano Para Endireitar Portugal" onde admite que Portugal não vai cumprir o défice acordado com Bruxelas para 2011.

Passos Coelho defendeu que o défice orçamental para 2011 não deverá cumprir o objectivo imposto por Bruxelas, devido à “falta de vontade ou incapacidade do Governo [agora demissionário] de realmente enfrentar os problemas de Portugal”.

O défice esperado para as contas públicas portuguesas em 2011 é de 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) mas o líder dos sociais democratas diz, num artigo de opinião que assina no “The Wall Street Journal”, que o mesmo deverá ultrapassar os 5%, afirmando que usa como base dados da Comissão Europeia.


Sobre o défice orçamental de 2010, cuja meta comunitária era de 7,3%, Passos Coelho comenta que o mesmo deverá ter ficado “talvez” pelos 7%. O Governo tinha admitido que havia uma margem de manobra abaixo do objectivo da União Europeia, embora nos últimos dias se tenha falado que o défice deverá, afinal, ser mais alto, com a incorporação das contas do BPN e de empresas de transportes. Ontem, o INE confirmou que iria proceder a uma “série de alterações contabilísticas” ao défice de 2010.

No artigo intitulado “O Nosso Plano Para Endireitar Portugal” (tradução literal de “Our Plan to Fix Portugal”), Passos Coelho escreve que a incapacidade governamental para implementar as medidas necessárias para combater o défice conduziu a uma crise de liquidez, retirou Portugal dos mercados financeiros e colocou o país “dependente do financiamento do Banco Central Europeu”.
O social democrata criticou ainda o Executivo de José Sócrates porque, depois dos acordos conjuntos para a subida de receitas e para o corte de despesas, “os aumentos de impostos são rapidamente implementados enquanto os cortes de despesas e as reformas associadas orientadas para o crescimento são sistematicamente adiadas”.

2 comentários:

Elias disse...

Sem querer entrar em demagogias baratas e/ou em politiquices partidárias, mais ainda, não sendo Socialista (nem de Esquerdismos), temo e espero que o que por aí virá, não seja o mais do mesmo, dos últimos anos!
Para bem de todos nós, em especial de quem já de si sempre esteve em situação fragilizada.
Em prol da verdade, se fôr possível conhecê-la, não sei se haverá muita margem diferente de rumo a dar ao nosso país.

HELENA DE BRITO disse...

Sim Tito Colaço, semelhante é a minha opinião...mas, alguma coisa há que fazer, e podemos começar por finalmente reduzir, drásticamente a despesa pública. Se os que vêm são capazes disso...já é outra história. Mas que remédio, temos de avançar, até porque as alternativas, para já, são estas. Obrigada por vir ao meu espaço, e intervir.