segunda-feira, 30 de maio de 2011

É TÃO SIMPLES SER FELIZ....

ESTE DOMINGO FUI Á FONTE DA TELHA....

SÓ LÁ ESTAVAM A NATUREZA E OUTROS muito poucos COMO EU...

 DELEITEI-ME COM A FLORA....


PESQUEI DO MEIO DA AREIA UMA PEQUENA PLANTA E ADOPTEI-A....



E DEPOIS MONTEI O MEU CÓMODO SEM PAREDES....

QUANDO COMEÇARAM OS OUTROS A CHEGAR, ERAM UMAS 11H.... FUI-ME....

É TÃO SIMPLES TER MOMENTOS FELIZES....

NEM TUDO É MAU NAS EXECUÇÕES EM PORTUGAL...FICAM PELO MENOS UMAS BELAS VISTAS.....


QUANDO FUI UM DESTES DIAS CONSULTAR UMA EXECUÇÃO AO CAMPUS DE JUSTIÇA,



IMPORTEI PARA O MEU BLOGUE UM POUCO DAS VISTAS....
DE FACTO AS RENDAS QUE PAGAMOS VALEM BEM O DINHEIRO.....
NO OUTRO DIA FUI Á COSTA DA CAPARICA E DEPAREI-ME COM ESTA CENA....TÃO ORIGINAL....

Com centenas de etiquetas que diziam:"AMO-TE"





DE ALGUEM MUITO APAIXONADO...

SE ERA PARA UM ELE, OU PARA UMA ELA NÃO SEI, PORQUE NÃO FIQUEI Á ESPERA PARA VER, MAS SEI QUE NÃO ERA PARA MIM...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

RECEBI ESTE E-MAIL: DOMINIQUE STRAUSS KAHN FOI ELIMINADO POR AMEAÇAR A ELITE FINANCEIRA MUNDIAL

Dominique Strauss Kahn foi eliminado por ameaçar a elite financeira mundial



Posted: 18 May 2011 10:57 AM PDT



Dominique Strauss Kahn foi vítima de uma conspiração construída ao mais alto nível por se ter tornado uma ameaça crescente aos grandes grupos financeiros mundiais. As suas recentes declarações como a necessidade de regular os mercados e as taxas de transacções financeiras, assim como uma distribuição mais equitativa da riqueza, assustaram os que manipulam, especulam e mandam na economia mundial.



Não vale a pena pronunciar-nos sobre a culpa ou inocência pelo crime sexual de que Dominique Strauss Kahn é acusado, os media já o lincharam. De qualquer maneira este caso criminal parece demasiado bem orquestrado para ser verdadeiro, as incongruências são muitas e é difícil acreditar nesta história.

O que interessa aqui salientar é: quem beneficia com a saída de cena de Strauss Kahn?

Convém lembrar que quando em 2007 ele foi designado para ser o patrão do FMI, foi eleito pelo o grupo do clube Bilderberg, do qual faz parte. Na altura, ele não representava qualquer "perigo" para as elites económicas e financeiras mundiais com as quais partilhava as mesmas ideias.


Em 2008, surge a crise financeira mundial e com ela, passados alguns meses, as vozes criticas quanto à culpa da banca mundial e à ao papel permissivo e até colaborante do governo norte-americano. Pouco a pouco, o director do FMI começou a demarcar-se da política seguida pelos seus antecessores e do domínio que os Estados Unidos sempre tiveram no seio da organização.





Ainda no início deste mês, passou despercebido nos media o discurso de Dominique Strauss Kahn. Ele estava agora bem longe do que sempre foi a orientação do FMI. Progressivamente o FMI estava a abandonar parte das suas grandes linhas de orientação: o controlo dos capitais e a flexibilização do emprego. A liberalização das finanças, dos capitais e dos mercados era cada vez mais, aos olhos de Strauss Kahn, a responsável pela proliferação da crise "made in America".



O patrão do FMI mostrava agora nos seus discursos uma via mais "suave" de "ajuda" financeira aos países que dela necessitavam, permitia um desemprego menor e um consumo sustentado, e que portanto não seria necessário recorrer às privatizações desenfreadas que só atrasavam a retoma económica. Claro que os banqueiros mundiais não viam com bons olhos esta mudança, achavam que esta tudo bem como sempre tinha estado, a saber: que a política seguida até então pelo FMI tinha tido os resultados esperados, isto é os lucros dos grandes grupos financeiros estavam garantidos.



Esta reviravolta era bem-vinda para economistas progressistas como Joseph Stiglitz que num recente discurso no Brooklings Institution, poderá ter dado a sentença de morte ao elogiar o trabalho do seu amigo Dominique Strauss Kahn. Nessa reunião Strauss Kahn concluiu dizendo: "Afinal, o emprego e a justiça são as bases da estabilidade e da prosperidade económica, de uma política de estabilidade e da paz. Isto são as bases do mandato do FMI. Esta é a base do nosso programa".


Era impensável o poder financeiro mundial aceitar um tal discurso, o FMI não podia transformar-se numa organização distribuidora de riqueza. Dominique Strauss Kahn tinha-se tornado num problema.

Recentemente tinha declarado: "Ainda só fizemos metade do caminho. temos que reforçar o controlo dos mercados pelos Estados, as políticas globais devem produzir uma melhor distribuição dos rendimentos, os bancos centrais devem limitar a expansão demasiado rápida dos créditos e dos preços imobiliários Progressivamente deve existir um regresso dos mercados ao estado".

A semana passada, Dominique Strauss Kahn, na George Washington University, foi mais longe nas suas declarações: "A mundialização conseguiu muitos resultados...mas ela também um lado sombrio: o fosso cavado entre os ricos e os pobres. Parece evidente que temos que criar uma nova forma de mundialização para impedir que a "mão invisível" dos mercados se torne num "punho invisível"".

Dominique Strauss Kahn assinou aqui a sua sentença de morte, pisou a alinha vermelha, por isso foi armadilhado e esmagado.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O TRAVISTADO.

O TRAVISTADO.

Marinho e Pinto preocupado com as medidas ordenadas pela Troika na área da Justiça

Segundo a Troika, num período de 24 meses, o Estado Português tem de tomar as medidas necessárias para resolver o eterno problema da morosidade processual.
Fruto da vasta pendência de processos nos Tribunais, deve-se efectuar primeiro uma auditoria, com conclusão em Junho, a todos os tribunais onde se encontrem pendentes acções executivas, insolvências, dívidas fiscais, e laborais.

O Bastonário Marinho e Pinto, considera que esta auditoria não deveria incidir só sobre estas áreas, mas sim sobre todas, já que a Justiça, não serve apenas para proteger os interesses económicos, mas também a cidadania, os direitos humanos para a dignidade da pessoa humana e para o Estado de Direito.

Apesar de entender o ponto de vista do meu Bastonário, considero que nesta altura, o importante é criar condições para atingirmos uma situação económica minimamente estável, pois se tal não acontecer, não poderemos ter a pretensão de poder proteger os direitos humanos,  o direito á dignidade humana ou a autonomia nacional. 

Embora a preocupação de Marinho e Pinto seja esta, a minha é essencialmente como é que vamos conseguir respeitar prazos ou as medidas ordenadas pela Troika. Afinal, há vinte e tal anos que sou Advogada, e nunca consegui ver uma ínfima hipótese do problema da acumulação de processos nos Tribunais ficar resolvida.

Nem estou a vislumbrar, como é que o Estado ou o povo português, têm capacidade para cumprir as orientações e prazos dos seus credores.

SE AS AS MINHAS EXPECTATIVAS ESTIVEREM CERTAS (oxalá não), ENTÃO QUE DEUS NOS AJUDE, POIS COMO DIZIA O OUTRO, QUANDO NOS PERGUNTAREM COMO É QUE LHES VAMOS PAGAR, RESPONDEMOS: " QUE DEUS LHE PAGUE.....QUE DEUS LHE PAGUE...."








domingo, 1 de maio de 2011

Islândia, um país diferente.


Artigo por Joana Azevedo Viana, Publicado em 26 de Março de 2011, publicado no Jornal "i":

" Os protestos populares, quando surgem, são para ser levados até ao fim. Quem o mostra são os islandeses, cuja acção popular sem precedentes levou à queda do governo conservador, à pressão por alterações à Constituição (já encaminhadas) e à ida às urnas em massa para chumbar o resgate dos bancos.



Desde a eclosão da crise, em 2008, os países europeus tentam desesperadamente encontrar soluções económicas para sair da recessão. A nacionalização de bancos privados que abriram bancarrota assim que os grandes bancos privados de investimento nos EUA (como o Lehman Brothers) entraram em colapso é um sonho que muitos europeus não se atrevem a ter. A Islândia não só o teve como o levou mais longe.

Assim que a banca entrou em incumprimento, o governo islandês decidiu nacionalizar os seus três bancos privados - Kaupthing, Landsbanki e Glitnir. Mas nem isto impediu que o país caísse na recessão. A Islândia foi à falência e o Fundo Monetário Internacional (FMI) entrou em acção, injectando 2,1 mil milhões de dólares no país, com um acrescento de 2,5 mil milhões de dólares pelos países nórdicos. O povo revoltou-se e saiu à rua.

Lição democrática n.º 1: Pacificamente, os islandeses começaram a concentrar-se, todos os dias, em frente ao Althingi [Parlamento] exigindo a renúncia do governo conservador de Geir H. Haarde em bloco. E conseguiram. Foram convocadas eleições antecipadas e, em Abril de 2009, foi eleita uma coligação formada pela Aliança Social-Democrata e o Movimento Esquerda Verde - chefiada por Johanna Sigurdardottir, actual primeira-ministra.
Durante esse ano, a economia manteve-se em situação precária, fechando o ano com uma queda de 7%. Porém, no terceiro trimestre de 2010 o país saiu da recessão - com o PIB real a registar, entre Julho e Setembro, um crescimento de 1,2%, comparado com o trimestre anterior. Mas os problemas continuaram.


Lição democrática n.º 2: Os clientes dos bancos privados islandeses eram sobretudo estrangeiros - na sua maioria dos EUA e do Reino Unido - e o Landsbanki o que acumulava a maior dívida dos três. Com o colapso do Landsbanki, os governos britânico e holandês entraram em acção, indemnizando os seus cidadãos com 5 mil milhões de dólares [cerca de 3,5 mil milhões de euros] e planeando a cobrança desses valores à Islândia."

Algum do dinheiro para pagar essa dívida virá directamente do Landsbanki, que está neste momento a vender os seus bens. Porém, o relatório de uma empresa de consultoria privada mostra que isso apenas cobrirá entre 200 mil e 2 mil milhões de dólares. O resto teria de ser pago pela Islândia, agora detentora do banco. Só que, mais uma vez, o povo saiu à rua. Os governos da Islândia, da Holanda e do Reino Unido tinham acordado que seria o governo a desembolsar o valor total das indemnizações - que corresponde a 6 mil dólares por cada um dos 320 mil habitantes do país, a ser pago mensalmente por cada família a 15 anos, com juros de 5,5%. A 16 de Fevereiro, o Parlamento aprovou a lei e fez renascer a revolta popular. Depois de vários dias em protesto na capital, Reiquiavique, o presidente islandês, Ólafur Ragnar Grímsson, recusou aprovar a lei e marcou novo referendo para 9 de Abril.


Lição democrática n.º 3: As últimas sondagens mostram que as intenções de votar contra a lei aumentam de dia para dia, com entre 52% e 63% da população a declarar que vai rejeitar a lei n.o 13/2011. Enquanto o país se prepara para mais um exercício de verdadeira democracia, os responsáveis pelas dívidas que entalaram a Islândia começam a ser responsabilizados - muito à conta da pressão popular sobre o novo governo de coligação, que parece o único do mundo disposto a investigar estes crimes sem rosto (até agora).

Na semana passada, a Interpol abriu uma caça a Sigurdur Einarsson, ex-presidente-executivo do Kaupthing. Einarsson é suspeito de fraude e de falsificação de documentos e, segundo a imprensa islandesa, terá dito ao procurador-geral do país que está disposto a regressar à Islândia para ajudar nas investigações se lhe for prometido que não é preso.


Para as mudanças constitucionais, outra vitória popular: a coligação aceitou criar uma assembleia de 25 islandeses sem filiação partidária, eleitos entre 500 advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais, etc. A nova Constituição será inspirada na da Dinamarca e, entre outras coisas, incluirá um novo projecto de lei, o Initiative Media - que visa tornar o país porto seguro para jornalistas de investigação e de fontes e criar, entre outras coisas, provedores de internet. É a lição número 4 ao mundo, de uma lista que não parece dar tréguas: é que toda a revolução islandesa está a passar despercebida nos media internacionais.